O mundo é demasiado grande para nós dois
Reduz a pó os nossos poderes
Entregamos-lhe os nossos corações, um benefício sórdido!
Pobres de nós, indefesos seres
Neste fado mar que desnuda o peito à lua
É dele o nosso amor e tudo
Nessa nau que nele flutua
Os ventos que uivam em todas as horas
E as velas adormecidas
Que no chão a cera choram
Como um pagão que amamenta um credo gasto
Neste navegar perdemos o norte e o rasto
Podia eu, estando neste prado agradável
Vislumbrar o que me faria menos gasto?