Procura
No limiar graxo entre o teu
inferno e teu paraíso,
é a luminosidade fria da lua,
que a noite escura ilumina
e te mostra o perigo.
O teu inimigo não traz
nos seus olhos a bondade,
e os sinais de alerta se acendem,
um encrespar de pelos,um silencio,um calar .
O teu andar é como de um cão selvagem
que vez ou outra para e fareja o ar,
as vezes no olhar o medo e as vezes a coragem
e o coração miúdo é de pedra...é escudo.
Procura o mar em teu olhar,
procura o sal no teu pensar
procura o tudo
e não consegue encontrar.
Erga a tua cabeça
nenhuma palavra é lembrança
nem evidencia a razão
mas pode ser que então em teu coração
a verdade floresça.
Alexandre Montalvan
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