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Besta ao quadrado

 
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O silêncio que outrora me acalmava
É o silêncio que hoje tanto me incomoda
Quando fui dormir pensei que isto passava
Mas não passou, a vida é uma roda

Por vezes quando olho a roda de minha vida
Reparo que ela não é redonda, é quadrada
Criação dos infernos ou coisa parecida
Roda que não gira, roda parada

Por vezes ainda a conseguia empurrar
Mas até minha força se esgotou
Agora fico parado para ela a olhar
E reparo em todos os defeitos que ela contém, Reparo naquilo que sou

Um grande mentiroso isso é verdade
Tento enganar a minha pessoa
Iludindo-me com uma falsa vaidade
Olho a roda da minha vida vendo minha realidade
Será que nela restou alguma coisa boa?

Já não sei mais se sou verdadeiro
Porque pouca verdade eu demonstro
Já não sei onde me encontro, não sei meu paradeiro
Sei que não sou santo, também não sou monstro

As horas que passam e parecem todas iguais
E já nem sei ao certo em que dia ao certo me situo
Chego perto do meu limite, isto já é demais
Não sei pa' trás tenho andado ou se para o futuro continuo

Não, não é complicado ser um coio como eu
Basta ter medo do que realmente é essencial
Basta ser o gajo que tudo e todo o mundo fudeu
Basta não ter ética nem moral
Basta viver na mentira, e não na verdade
Basta perder completamente a razão
Basta só em sua frente enxergar vaidade







Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!

Eduardo Fontes©

 
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EduardoFontes
 
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