Homenagens : 

O... DIAMANTINENSE!

 
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Oh! Viandante sedento da fuga da chaminé... Vire leme e pensamento pra o reflexo do Itambé! Esqueça a luxúria enfadonha, progresso sufocante e poluição, venha à bacia do Jequitinhonha conhecer gente... Dar às mãos! Verá deitada na serra, banhada em água cristalina, a mais bela cidade da terra: Minha adorada... Diamantina! Cimo apoiado no “Bom Jesus”, pés, descansando na “Palha”, braços em forma de cruz: Apontando pára às muralhas! Comunidade sem barreiras, mágoas, muros ou suspeição, onde turistas cerram fileiras, com total admiração! Clima ameno, cheiro de campina, ruas estreitas... Aconchegantes! Para os turistas não é sovina pra os filhos é sempre amante!

Construída por escravos em época remota e sofrida, é uma cidade sem agravos, espelhando as faces da vida. Do passado... Os casarões! Com treliças nas varandas desafiando às gerações: Derrotando as estações!

Cidade patrimônio! Base da Antigüidade: Teu presente é sinônimo da maior tranqüilidade! Teu futuro... Uma promessa! De ser o retrato da vida, desde que não haja pressa de ser pelo homem... Destruída!

Oh turistas pasmados! Com tanta beleza pura, mantenham-se respeitosos ante tão belas estruturas! Precisamos ter amor pelo que existe agora, respeitando o seu resplendor pelos tempos afora!Admirem o barroco lindo, aspire ao nosso ar mais puro, mas, não maculem, destruindo, o nosso passado: fulcro do futuro! Tijuco era o teu nome no pretérito distante, no presente, tem renome como o oásis do viajante!

Oh filhos de Diamantina! Conservem o teu patrimônio numa pilha cristalina de beleza sem homônimo! O tempo sempre devassa as construções antigas, mas, o Homem, faz carcaça como se fossem inimigas.
Fugistes da chaminé e da total poluição! Em Diamantina, tens o pé... Não causem destruição!

D A N I E L!
(Ao meu neto)

Uma confraria transcorria solenemente no Terceiro Céu, sob a direção de Maria de Nazaré. Todos os santos e anjos estavam reunidos aos milhões ao redor da maestrina imaculada. A regência era ouvida e entendida de imediato, mercê da onipresença, onisciência, telecinésia e da telepatia a todos distribuídas eqüitativamente pelo grande Arquiteto do Universo. Ao fundo, na amplidão do local, ouvia-se uma música celestial com graduação diversificada e aceitavelmente agradável a cada ouvinte em sua individualidade. Uma brisa amena e perfumada espalhava o seu olor a cada um, com perfumes variáveis à sensibilidade individual dos presentes.

Só Maria falava, e todos a escutavam com veneração. Abrindo os seus braços em forma de doação de graças e em direção ao solo de gramado refulgente, Maria iniciou a sua oratória com as seguintes palavras:
Hoje, no nosso planeta de origem e também de testes, é comemorado o Dia de Todos os Santos, o que redunda numa homenagem aos seguidores do Deus amado, que se destacaram dentre os demais pelas suas atitudes humanitárias de bondade plena e até de martírio em prol dos irmãos. Precisamos além de lhes aparecer em sonhos e até visivelmente em ocasiões propícias, dar-lhes como recompensa algo em retribuição a tal homenagem.

Coloco em votação telepática a sugestão de cada um para o fim desejado por nós e pela cúpula da Santíssima Trindade à qual pertenço e represento a todos os viventes e espirituais. Alguns segundos de silêncio transcorreram, ao final dos quais, cinco opiniões foram escolhidas.
Hei-las! Não havendo, necessariamente, predomínio entre elas:

—Igualdade social, financeira e intelectual para todos;
—Irmandade entre todas as religiões existentes;
—Harmonia entre a natureza e todos os seres humanos;
—Longevidade estendida a cada ser humano para a média de mil anos,
—Visita constante de anjos e arcanjos para monitoramento e ajuda a todos.

Acabada a eleição, Maria se despediu indo se juntar ao seu Pai e Filho, para deliberarem sobre o escrutínio e darem uma decisão final. Em poucos momentos decidiram, desconhecendo os quatro primeiros itens, pela razão plausível de que a sua aplicação faria com que os Céus se aproximassem da Terra, o que seria o reverso da medalha: A Terra é que tem que se aproximar por seus próprios meios em virtude de ser um planeta teste. Restou, portanto, o último item, mas, seguindo a mesma linha de raciocínio, não seria mandando Anjos e Arcanjos porque a criação humana não iria sentir-se testada e, conseqüentemente, melhorar de nível:
No passado, um dos membros do sacrossanto triunvirato fora a terra e acabou sendo crucificado!

Em pouco tempo, Maria achou a solução, primeiro, disse a seu filho que Diamantina era a cidade que mais parecia com o Éden pelas amenidades das estações e a humildade da maioria de seu povo, em seguida, lembrou a todos o nome Isaac que, na Terra, morava em tendas e tivera até relacionamentos com uma escrava, recordando, também, o rei David que tivera alguns deslizes, inclusive com Betsabá, esposa de um seu soldado, contudo, ambos, foram antecessores do Messias.

Após esses preâmbulos, Maria chamou Isaac dentre os Anjos Patriarcas, e pediu-lhe para trazer um seu xará de existência mais recente no Céu e de comportamento ilibado. O que foi feito na pessoa de Isaac Generoso Baracho, Diamantinense e antigo carpinteiro e caminhoneiro, sendo Ele escolhido para ser o predecessor do presente a ser dado aos terráqueos, como retribuição da homenagem ao dia de Todos os Santos.

Em razão disso, no Hospital Siderúrgico, na cidade de Coronel Fabriciano, naquele dia, nasceu um lindo garotinho que, por inspiração da Santíssima Trindade (também homenageando a Isaac, que tem o seu primeiro filho, Sebastião A. Baracho, morador em Coronel Fabriciano), recebeu o nome de: DANIEL Baracho Lopes!

Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31)3846-6567

 
Autor
S.A.Baracho
 
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