Por mais que eu queira
não consigo entender
e nem mesmo concordar
com esse jeito de querer,
com esse jeito de amar
Um duelo constante
entre o agora
e o antes...
E ainda que compreenda,
fica um buraco, fica uma fenda,
um abismo de perguntas
para nenhuma resposta
-tudo que tenho são emendas-
Vitória seguida de derrota
de quem gosta
e desgosta...
Um cuidar de tentar decifrar
coisas que não se pode explicar
...e se constrói uma ponte
...e se tenta atravessar
-receando não saber nadar-
Loucura sem cura que produz solidão,
coração acastelado
contra qualquer sentimento...
Sentir assim é quase nada
é estar junto e separada,
um tocar com mãos instrumentadas,
um abraçar de amarras
e gemidos de fantasmas
Um pulsar tímido, tremente, temido,
intercalado de ais
e suspiros...
honey.int.sp