Regressei numa tarde morna e morta
Alguém estava ali a minha espera
Com sorriso de sol de primavera
A amada me esperava ao pé da porta.
Repousei minhas malas pelo chão
Ela deixou cair lenço, avental...
Corri, chorando, em sua direção
Enfim, todo meu mundo no quintal.
Abraçamos-nos muito e muito forte.
Beijei a sua boca mil, mil vezes.
Tanto tempo lá fora, tantos meses!
Cortei o país de Leste, Sul e Norte.
Nada lhe disse. Nada me falou.
Nos meus olhos de forma bem profunda
Olhou e viu as roupas tão imundas
Depois de mais um beijo disse: Amor!
As faces, colo níveo, as mãos cálidas...
Quanto tempo sem seu/meu Paraíso!
Quando a deixei ainda estava grávida.
Olho para a porta e vejo um menino.
A mãe o chama e diz: "Vem ver teu pai!"
Meus olhos se enchem, Niágaras de lágrimas.
A criança acanhanda. A mãe diz: "Vai,
Seu pai voltou! Agradeçamos Fátima!
Caminhei na direção do pirralho,
Alcei-o ao ar em alegria mágica.
Agradeci a Senhora de Fátima
Jurando nunca mais sair de casa.
Gyl Ferrys