Restos de escuridão poluem a noite
Emparedada numa sintaxe de lamentos
Cada vez mais degradados, mais intimidados
Numa ressaca as palavras bem fecundadas
Embebedam-se tantos lirismos tontos, secundados
Por uma plêiade de silêncios castos, precoces…cordatos
Remendo a madrugada com coloridas brisas perfumadas
Deixando um bravio gomo de luz a marinar por entre
Luminescências assustadoramente obcecadas
Contorno as margens daquela maresia que se hospeda
Num oceano de caricias tão intimidadas, até se preencher
O vácuo das minhas solidões sempre bem navegadas
FC