Uma pele que vi da flor brotar...
Nas níveas, calmas, macias sedas
No horizonte azul, no colar das rendas
Bordadas como véu no fino tocar...
Das liras, fiz o manto dos corcéis...
Alados, flutuando em branca espuma
Que maturava ao toque das escunas
Naufragando sua tez, onde os méis...
Dos corpos, são expulsados nos instintos
Santificados pelo clamor dos gritos
Que explodem as formas guturais...
Que o céu se abre em aurora
Num instante trêmulo, meu coração implora
Aquela tua pele em meus sinais!
(Ledalge,05 de abril de 2008)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)