Trago sangue nos olhos
E trago conflito no olhar
Fúria, raiva, tenho-as aos molhos
Incerteza, desilusão, onde vai isto parar?
Não vivo para ser notado
Vivo para me aperfeiçoar
Aperfeiçoando-me assim, apesar de continuar inacabado
E acabo-me, são muitas "frentes" onde lutar
Trago paixão nos olhos
E trago amor em meu olhar
Desejo carinhos, quero-os aos molhos
Só me faz é falta, pa' puta da vida acordar
Não vivo para ser sorrateiro
Aproveito cada segundo como o último instante
Vivo sim, para que seja verdadeiro
E vivo-o porque é puro e não abundante
Trago loucura nos olhos
E trago insanidade no olhar
Não procuro discussões, tenho-as aos molhos
Procuro um sonho, para com ele meus sonhos realizar
Que a distância entre o querer e o merecer fosse menor
E certamente até ao sol eu voaria
Conhece-se eu, seu plano ao pormenor
Que em seus raios p'ra sempre eu viveria!
Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!
Eduardo Fontes©