Passado é como o inverno
Estação que longos tempos predura
Presente por vezes um inferno
E somando os dois, é um passo para a loucura
Loucura do ser
E do entardecer das manhãs escurecidas
Loucura esta a do vento de tudo em seu caminho varrer
Será loucura minha pensar que inverno e inferno são duas coisas parecidas?
Chega a neve e consigo o frio me ancora
Ancorado por seus ventos loucos e cortantes
Sou o gnu que tudo decora
E de todos aqueles que decoro, sou entre eles um dos mais errantes
Inferno de dante á minha frente apresentado
Diabos e demónios á minha frente encarnados
E o rio de fogo que arde descontrolado
Acabando por desaguar em mares nunca dantes navegados
Incrédulo com todo o tormento neste momento vivido
Rendido ás tropelias deste mundo
Rendo-me a algo que deveria ter esquecido
E o poço onde em tempos caí, cada dia fica mais profundo
Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!
Eduardo Fontes©