Águas, multidões
Cercado por vozes de ondas
Torrente incontrolável
Humano sentiu
O silêncio da escuridão
A calmaria do fim
Diante de si
Rezar, se arrepender
Pedir perdão por não ter feito
Tudo o que deveria fazer
Esperar, sem desistir
Ele não controlava o fim,
Mas sabia que o que controla
Estava ali
Restava tão somente
A ele concluir
O quão impotente era
O quão pequeno era
Quem o tirou do pó da terra?
Quem formou do nada as águas?
Todavia, um anjo desceu
Vestiu-se de vermelho, segurou-lhe as mãos
Nadou e nadou, inundou seus pulmões
Da morte o tirou, por ordem do Senhor
E ele aprendeu
Que nada é o homem, que nada leva o homem
E que tudo depende da vontade de Deus
(Caso detecte algum erro ortográfico por favor avise nos comentários)