Cleópatra desvirginou-se
Dentro duma carruagem
Quando transou com “Pulos”
Apenas para vingar-se
Do imperador romano
Nutrindo suas vaidades
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Maria pariu seu filho
Sem a conjunção carnal
Não foi uma vaidade
Mas uma missão Divinal
Jesus Cristo o seu varão
Um clarão da humanidade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Quem adota uma criança
Satisfazendo a vontade
Que não lhe fora atendida
Pelo poder da Divindade
Mas lhe concede a emoção
De promover à caridade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Existe vasta ingratidão
Em ser mãe sem ter vontade
Chegando a insanidade
De matar sua criação
Causando consternação
Ao resto da humanidade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
São tantas constatações
De mentes desequilibradas
Que debitar as tentações
Nos parece simplificarmos
Só a falta de devoção
A quem precisa ser cuidado
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Quem possui bom coração
Trouxe a vida um legado
Jamais ficará isenta
Da extrema caridade
Cuidará com devoção
Da cria a si delegada
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Quantas mulheres se negam
A exercer a maternidade
E estas têm seu direito
E devem ser respeitadas
A vida tem seu condão
Com inevitáveis fardos
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Irmã Dulce não pariu
Mas foi mãe de muita gente
Socorreu a indigentes
Desfraldou sua devoção
Seus filhos do coração
Viveram acalantados
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Quem transou sem proteção
E saiu da transa grávida
Não pretende ter o filho
E este será abortado
Sem a menor contradição
Sendo por muitos rechaçados
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Tem mulheres engravidando
De olho numa mesada
Desta criança gerada
Sem um pingo de amor
Desconhecem a devoção
Buscam só estabilidade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Tem mãe que ama sua cria
Porem é assassinada
Pelos ciúmes doentios
De criminosos letais
Nos cortando o coração
Diante a tal brutalidade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
A mulher que faz promessas
Para ter o seu filhote
Mas pela falta de sorte
Este falece em seguida
Padece da maldição
Duma angústia perpetrada
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Madre Teresa não pariu
Mas acatou tantos filhos
Uma mãe com muito Brio
Que encantou a humanidade
Dotada de muita razão
Confiante na prosperidade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
O filho nunca tem culpa
Pelas maldades da mãe
Enqunto for incapaz
Sua carência é tamanha
Que merece toda atenção
Até atingir a maior idade
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
A mãe é a fração Divina
Em formato de pessoa
A fonte mais cristalina
Que em nossa alma ecoa
Quem teve a satisfaçao
De viver tais solenidades
Quem pariu sem vocação
Zombou da maternidade.
Minha sucinta homenagem a todos as mulheres que fizeram a opção de ser mãe, e os meus respeitos aquelas não sentiram vontade de exercerem a maternidade, o meu abraço a todas neste dia das mães.
Enviado por Miguel Jacó em 11/05/2019
Código do texto: T6644649
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Miguel Jacó