Antes a loucura do ser
Antes a inocência de criança
Antes ser do que parecer
Porque quem só parece nunca alcança
E o vento que passa sem se mostrar
E arrepia quando nos toca
A incerteza do incerto desconfiar
E aquele grito murdaz que meu peito sufoca
Antes leal e vagabundo
Antes fiel e maconheiro
Assim é o meu mundo
Minha vida é meu filme, minha poesia é meu roteiro
Cai a chuva e eu logo todo encharcado
Num dilúvio que minhas feridas fumigou
Feridas de bêbado, mentiroso e drogado
Bendito dilúvio que tudo levou!
Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!
Eduardo Fontes©