Ela silenciosamente fecha a janela
De onde ele olhava as luzes da cidade
Vai ser a sua primeira vez
E ela não se sente tão confortável assim.
Tira os sapatos e olha o quadro na parede
Ele toca suavemente sua pele sedosa
Enquanto ouvem a música tocar baixinho
Na caixinha de som.
Ela proibiu o vento de entrar no quarto
E é sua primeira vez
Por isso não se olha no espelho
Nem prolonga sua conversa.
Ele a olha silenciosamente
Quer que se sinta a vontade
Tenta fazê-la sorrir em vão!
Não ouço o som do vento lá fora
E sim as batidas do seu coração
Sem saber o quanto ela sabe de sexo
E que o orgasmo é uma poesia.
Agora o vento sai na sua respiração ofegante
Agarra-se às cortinas
Tira as roupas e as joga pelo chão
Não será possível dormir essa noite
Era sua primeira vez!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense