As rugas comem-me o cérebro
Enquanto a lingua me lambe a solidão
Aos anos que com gelo quebro
E tudo parece passar num vão
E quando a mão simplesmente abro
Reparo que não possúo um único grão
Sorrio a este acto macabro
Fruto de um comboio de ilusão
E é muito pouco aquilo que consacro
Mas toda a imagem tem um senão
Nunca se sabe onde està o simulacro
Ou o real da visão
Porque quando o fato é magro
É porque o estomago não tem grande ambição
Não sou nada
Nem ninguém
Mas tento ser
Humildemente eu!!!