Do tempo sou prisioneira.
E, contra a vasta ansiedade,
Luto como guerreira
Para combater esta realidade:
De te querer
E não poder;
De te tocar
E perto não estar;
De te olhar,
De te sentir…
E a tua voz escutar…
De olhos fechados
De sentidos apurados
As imagens vão surgindo…
E, então, fico perdida
Nesse azul profundo,
Qual oceano tempestuoso,
De um olhar sinuoso…
De olhos fechados
Consigo sentir
Os teus cabelos
Rebeldes e crespos
A deslizar
Por entre os dedos…
E de olhos fechados
Consigo visualizar…
Sentir e deslizar,
As minhas mãos,
Dedos inquietos,
Pelo teu corpo adorado.
Sedentos
De te sentir…
Do teu calor, saudosos…
Tudo em mim
Guardado,
Decorado…
Meu saudoso, mestre,
Adorado…