Ó verso meu de formas inexatas!
De esboços opulentes e em vagos rumos
De perigos profanos, de ufanas palavras
Verso meu, que roto se desnudou, contudo...
Versos que das mãos tão perfumadas!
Pelos lânguidos passos, se dissiparam.
Chorei um mar de orações sagradas
Pra limpar do tempo os meus olhos que amaram...
E do corpo doente a insensatez do mundo!
Eu queria agora ser como a taça de cristal
E tilintar meu sorriso com a bela lavra...
Chorar, gritar...gemer, sem as travas!
Dos antigos momentos num timbre mortal
Coser meus sonhos mais desnudos!
(Ledalge,05 de abril de 2008)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)