Ah! Eu vivo como sou.
Nem um pouco a menos, nem a mais.
Isso me é o suficiente.
Se ninguém mais no mundo se importa
Eu continuo contente
Eu vivo contente
Não lamento nenhum infortúnio!
O mundo existe por quê?
Porque eu existo no mundo
O mundo me pertence
Eu pertenço ao mundo
O que criei em minha memória
O que está no meu coração.
Quantos anos ainda hei de viver?
Quem esquecerá de mim?
Quem lembrará do quanto eu amei?
Se daqui a dez mil anos
Alguém ler as minhas palavras
Hei de estar vivo nessas lembranças!
E nas minhas lembranças
Nas cinzas
Estará todas as boas lembranças
Que tenho de ti!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense