Poemas : 

Vento, canção e mudança

 
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Qual é o meu maior sustento?
O vento.
Minha grande inspiração?
Canção.
E a minha grande esperança?
Mudança.
É assim como meu ser dança
Por entre campos de bruma,
Neste sonho que perfuma
Vento, canção e mudança.

* * * * *

¿Cuál es mi mayor sustento?
El viento.
¿Y mi gran aspiración?
Canción.
¿Cuál es mi gran esperanza?
Mudanza.
Así es como mi ser danza,
Por entre campos de bruma,
En un sueño que perfuma
Viento, canción y mudanza.

 
Autor
Juanito
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Enviado por Tópico
nereida
Publicado: 17/04/2019 17:30  Atualizado: 17/04/2019 17:30
Membro de honra
Usuário desde: 27/08/2017
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2285
 Re: Vento, canção e mudança
Canção, ventos que mudem a direção para acontecer grandes mudanças.
Lindo poema!
Besito.


Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 20/04/2019 11:11  Atualizado: 20/04/2019 11:11
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Vento, canção e mudança
Amigo Poeta
Parabéns! Belo poema!
Que venham bons ventos e grandes mudanças! Lembrei dessa canção!
Beijos!


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 21/04/2019 16:25  Atualizado: 21/04/2019 16:25
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Vento, canção e mudança P/Juanito
Muito bonito e harmonioso, adorei, abraço Vó

O vento é bom bailador
gosto mais quando vem sul
traz aromas de mudança
que trouxe do céu azul.


Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 01/05/2019 20:36  Atualizado: 01/05/2019 20:36
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16149
 Re: Vento, canção e mudança
Poema de primeira grandeza. Brilhou aqui. Abraços!


Enviado por Tópico
Nocheluz
Publicado: 03/10/2019 11:15  Atualizado: 03/10/2019 11:15
Membro de honra
Usuário desde: 23/03/2016
Localidade:
Mensagens: 36
 Re: Vento, canção e mudança
Muito bom esse cenário onírico da sua poesia. Gostei muito! <parabéns

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/05/2020 13:36  Atualizado: 10/05/2020 13:36
 Re: Vento, canção e mudança
Trova do Vento que Passa
Para António Portugal

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio - é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi meu poema na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(Portugal à flor das águas)
vi minha trova florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre, in 'Praça da Canção'