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Meu barco

 
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Venha meu amor
E mergulhe no azul celeste deste meu olhar terno
do mar azul de meu eterno acolhimento
que se abre calmamente
num abraço amoroso e tépido
como a corrente marinha quente de leste
que aquece seres encantados
vivendo sob o manto líquido e salgado
azul-nacarado
pelo sol que brinca
de fugir e se esconder no horizonte
qual criança rindo alto de brincadeira travessa

Meu hálito,
qual vento norte que sopra morno,
levará calor e sonhos
até as rochas mais escuras
povoadas de seres obscuros
que vivem na constante noite gris
confinados em gretas negras de musgo.

No calor deste,
Meus beijos em seus lábios
Derretem o frio do mais gélido vento sul
Capturam teus desejos escondidos em cada poro da tua pele,
mesmo aqueles que o sol ofuscou
E riu de me enganar
Escondendo-os no reflexo da água calma à nossa frente

Meus cabelos reluzindo o sol sobre a ondulação da água
Voarão livres acariciando a tua pele
feita em nuvens dos sonhos macios
outrora densas de chuva e pesadelos
que são agora levados pelos meus cavalos alados
para onde as sombras são convertidas
em pássaros entoam melodias angelicais ao nosso redor

Meu abraço na aurora vermelha que inunda o mar,
Sana todas as dores da tua alma
Traz o perfume do jasmim,
Misturado ao ébrio do almíscar
E a doçura das rosas,

No meu barco terás o pó das estrelas cintilantes
Que enche o mundo de fadinhas
Qual vaga-lumes em noite escura da alma
Com brilho e alegria
Onde todo o medo é afastado
Por uma imensa lua cheia prateada
Que brinca de tocar a água
iluminando pontos perolados
Nos olhos dos amantes.

No meu abraço te envolverei
E te acalentarei a alma
Com melodias serenas
E beijos delicados
Qual canções de ninar
Velando o sono
Ao rebento pequenino

Uso as vestes da luz, da vida e da poesia
Pois é assim que desejo aparecer sempre em seus sonhos
Em seu pensamento
Qual brisa no fulgor do verão
Qual lareira crepitando no inverno
Qual ópio para as dores

Saiba, que seu coração
Está para sempre protegido
Na concha de minhas mãos.


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Quando você encontra alguém, nunca sabe o que pode suceder. Pode perguntar as horas ou por fim à busca do amor de uma vida.
 
Autor
Sergius Dizioli
 
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