ASAS III
Autor: Carlos Henrique Rangel
De novo minhas asas me despertaram o sono...
Não sei quantos voos
São necessários para fazer um anjo...
Nem sei se quero...
Apenas abro os olhos
E as asas na escuridão...
Vejo outros seres alados na madrugada
E nossas asas se tocam com delicadeza...
As cores...
São tantas...
Mensagens são ditas
Repetidas
Digeridas
Traduzidas...
O vento da noite facilita o voo...
Como é clara a escuridão da noite...
Minhas asas são bailarinas
E dançam silenciosas as músicas do mundo.
Bato as asas e visito as intimidades.
Minhas asas me incomodam na cama...