MARIA DO RIO
(Jairo Nunes Bezerra)
De Copacabana era a mais bela atração,
Nas enegrecidas noites liberava a sua sensualidade...
Hoje na sua vivência vigora a solidão,
Tudo repentinamente mudou... Nova realidade!
O tempo passou célere para a jovem princesa,
Que com lubricidade atraia a todos com os seus passos...
Deixou de ser das ruas a realeza,
E tristonha passou a conviver com os descasos!
Visava com ansiedade o dinheiro,
Ambição que perdurava o dia inteiro,
Alimentada pela exibição de seu belo corpo!
Mas a idade traiçoeiramente alterou o seu destino,
Desiludida e quase sem tino,
Convive ainda com a prostituição num eterno sufoco!