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Dívidas

 
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Dívidas

Perguntei a um transeunte muito triste
Que por aquela rua sempre caminhava
Qual é o mal que em você ora persiste
Com piedade, nesse ato, eu indagava

Respondeu-me em um tom magoado
Que estava devendo mundos e fundos
E vendendo tudo o que foi angariado
Ainda não daria pra pagar todo mundo

Aí, aconselhei àquele pobre devedor
Para jamais dizer que não irá pagar
Fale que haverá de saldar todo valor
Que por certo as coisas vão melhorar

Então, me disse que estava sem norte
Pois se tudo o que ele estava devendo
Não conseguisse pagar até sua morte
Eu lhe acalmei, desta forma, dizendo

Se você quis pagar, e não conseguiu
Pode continuar tranquilo em sua vida
Pois você nada desviou e não mentiu
A morte irá saldar toda a sua dívida.

Jmd/Maringá, 01.04.19


verde

 
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João Marino Delize
 
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