Decadente
Autor: Carlos H. Rangel
Tanto faz
Tanto fez...
Só quero beber o que cabe deste Fel
Molhando meu cotovelo Na sarjeta deste bar.
A noite,
Essa bela Companhia
Me consola da monotonia
E eu finjo que não haverá Mais dia.
Nesta fantasia
Me misturo aos meus iguais
Enquanto sonho com um pedaço
De paz.
Em meio aos ruídos confusos
Tento distinguir sua voz moça
Quase pura
Chorando suas verdades noturnas
E me delicio Com o desenho
Do seu corpo
Que descubro nos passeios
Dos meus dedos...
Assim passam-se as horas
Meu Deus!
Chega o dia...