Assim que cheguei
já deu para perceber que Tony
estava bêbado. Denys estava no começo
bebia com calma.
Não me sentindo o mesmo, me centralizando
em meio a sequelas de ácidos
passados. O último. Como tudo tem
sua primeira vez. Também tem seu fim.
Me mantive com meu guimba queimando
passando para Denys . E aos poucos
vi os dois falando arrastado
e por fim, bodando.
Me mantive. E o fim do cigarros chegou.
O fim das sedas. E então blasfemei.
Um pecador imundo, bolei em Hebreus.
A verdadeira erva do diabo
o fruto proibido, pelos conservadores
que andam nos trilhos. Declarando sim
as famílias tradicionais. Enquanto
cultivam seus amantes omissos. Colecionando divórcios.
Me mantive e hora nenhuma me amedrontei
com a ideia de ir para o inferno.
Observo o quão sujo é o céu
para quem muitos oram e declaram
o nome do amor. Odiando os que estão
a deriva, no mundo. Os que não foram escolhidos
e já estão calvos de esperar.
Me mantenho anestesiado, desviando de bêbados
nos volantes. Cansado de ouvir outra noticia
sobre feminicídio, desligo a teve. E tudo que
eu quero é comer uma boa refeição
quando a fome bater.
Ouvir uma boa música e me manter
do que me trás vitalidade.
Enquanto espero pela minha condenação
por ser tão promiscuo.