O Brilho da tua Alma
Sinos que ressoam na imensidão
sons agudos que me ferem os tímpanos
sua cadência espanta a escuridão
e traz a lua que ilumina o meu destino
mas são os sinos que me apontam a direção.
Eles rangem com os seus martelos ao norte
como poesias escritas por tantas mãos
gritos na noite espantam a própria morte
e eu docilmente dou suporte
ao ler teu poema solidão.
Assombro! Meus olhos estatelados no escuro
saltam das suas orbitas e eu me desfiguro
como um ventre aberto feito de ouro puro
é seu brilho que ilumina o meu escuro
és a verdade que aparece e mostra o futuro.
Assombro! Este horror que em meu rosto espalma
deste poema corpo que me faz perder a calma
ele é puro branco com ares de fantasma
carpir pedaços minhas cicatrizes e traumas
porque é o brilho que resplandece da tua alma.
Alexandre Montalvan
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