Ao poema que me imputa
E você amor, sempre direta,
esta me deixando biruta
neste teu ciúme hipotético.
E até mesmo se eu quisesse
seria uma dor, um ai de mim.
Por um chifre na tua testa
não está na minha tara poética.
Nesta noite em que trevas perduram
e a claridade se esvai
em uma taça de conhaque,
escorre o liquido nas frestas dos muros
com o ribombar de seu achaque.
Acha que de um repente do poeta
nada que valha, o imputa
se o poema ora eclético
qual é o problema
que tenha sido feito para uma puta!
Alexandre Montalvan
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