A força de um vento, sem sol e sem alma,
Soberbo relâmpago rasgando o escuro,
Corrida veloz, pombos na praça calma,
Vertendo na fonte um pedido seguro.
Só a força de algo, como o pensamento,
Dá ao redemoinho o devido valor,
E a vida que vejo, no exato momento,
Do dia findar derradeiro fulgor.
E a estátua da praça, sorrindo gelada,
Mostrando a destreza do herói lutador,
Esqueceu que deixou em distantes estradas,
O lar de Anita, verdadeiro amor.
E sempre distante, seguiu o caminho,
De lutas constantes por um ideal,
Com ela a seu lado, não segue sozinho,
Mas ela chorando, a Terra Natal.
(Homenagem a Anita e Garibaldi - Milão)