Fanatismo
Dentre lábios, saliva e dentes
da face da fera, não importa,
na beira de um profundo abismo
beije esta boca com fanatismo
Jogue seu corpo no outro corpo
logo ele acorda, o corpo comporta
e esfregue o caniço pelo arcabouço
nesta busca frenética pelo gozo
Estenda o teu olhar pela paisagem morta
talvez tenha sorte e veja o mar.
ou apenas o vento que corta as ondas
que abre portas com um sopro morno
e que roça o teu rosto bem devagar.
Entenda que o teu pensar já não suporta
a dor desta indiferença é surreal
é uma faca que te penetra e corta
a força desta mão que a deixa torta
uma loucura incandescente que salta pelo chão
É um raio e o seu clarão
é o som retumbante e roto do trovão
neste fanatismo orgástico do coração
abra portanto os teus olhos e acorda
antes que fique na mão.
Alexandre
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