Nas águas da memória Veleja o vento Sopro de um tempo esquecido Nau de sonhos Vagueiam nossos sentidos Tanto que lembrar Tanto que esquecer Tanto que quebrar Na espuma que a praia alcança Nas ondas do nosso mar Tantas pedras lançadas Tantos castelos de areia Barquinhos levando promessas E tantas juras desfeitas Canções de Lobos Marinheiros ébrios de luas cheias Presos em fios de pérolas Amarrados em ancas de sereias Mas de tudo De tudo que vem do mar Somente Somente o Azul permanece Então que seja pra sempre Sempre Azul o nosso Mar