A TI, POESIA
Poesia, hoje, fazem-te uma festa,
uma vez por ano, porém,
antes de cá chegarmos tu já cá estavas,
há milhões de anos, para nos provocar espantos!
Quando abrirmos os olhos espantados ficamos,
com a poesia da beleza da tua natureza,
com teu sol, que nos ilumina e aquece,
com tuas auroras brilhantes,
com cálidos coares de tardes
até aos belos sóis poentes,
tuas florestas e poesia das clareiras,
os oásis nos desertos que fazes,
a vastidão dos horizontes dos teus mares,
onde navegam nossos olhares,
os encantos dos luares,
as sinfonias dos ventos, suas aragens,
as paisagens e perfumes das flores,
as paixões dos amores,
o cântico das aves, em belos madrigais,
e teus belos animais!
Com tudo fazes poesia. Tu és toda poesia!
Desculpa nossa pequena dimensão, para te cantar.
Sim, hoje, fazemos-te uma festa,
uma pobre homenagem,
esperando que sejas complacente
com a nossa pobre imaginação,
perante tua grandeza,
na criação da poesia em todos teus versos!
Sem dúvida, que teu autor teve divina pena,
com que fez divina poesia!
Hoje, nós, os “poetas”, aqui estamos,
mas daqui nos vamos!
Tu ficas, como sempre,
para que outros da tua poesia tenham eterna leitura.
Sabes, poesia, o que neste dia, dedicado a ti,
o que te pedimos, se puder ser,
é que faças da nossa vida um poema, como tu;
poema, para que, um dia, alguém o possa ler,
inserido no livro da tua poesia!
Por agora, cada um de nós, no Universo,
é, ainda, só um pequeno verso!
…..xxx…..
Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Figas