Chora a alma no silêncio da madrugada Sem que ninguém possa ouvir A desilusão que sufoca o coração E o empurra para o abismo sem fim. Uma tristeza sem limites Como dinamites a explodir o sentimento Derrubando-o pela escarpa do tempo Que não passa...tortura! Medo e sobressalto Nas vozes que perturbam-me Minha alma está destroçada Misturada a ossos e poeiras. Destruição que arromba os meus olhos Num sentimento de angústia Que culmina em ruínas de lágrimas. Mágoas soterram o meu rosto E vivo sob entulhos de escuridão Meu coração vive em pulsação Nas realidades de sonhos nos escombros. Os ruídos perturbam a minha mente E, no chão, desabo desconsolado Onde meus passos são desmantelado Por um caminho triste e inóspito. A madrugada não termina E minha dor arrasa-me a alma Meus prantos não podem ser ouvidos Pois o vento flutua no silêncio. Os gritos são abafados na escuridão Que dilacera o meu sentimento Na solidão das minhas noites Não há uma razão para a esperança.