Um Fôlder de Amor
Neste rio que se curva
como uma taquara ao vento
este amor que me amarra
água que se turva
e carrega consigo um desalento
Exploda o meu coração com dinamite
que porra de amor doentio
que ao invés do calor traz o frio
e me faz vomitar um poema
e trazer à superfície
a paixão cega que explica esta cena
Todo sentido da vida é não ter sentido
isto corrói todas as coisas no fim
arrepia os pelos da minha epiderme
mas como fugir, se não temos aonde ir
como evitar ser devorado pelos vermes
Quem me dera ser o primeiro a sofrer
sentar em uma mesa de bar
e desatar a beber
fazer deste porre um gozo
fumar um cigarro, um baseado
depois ir dormir em tão doce repouso
e esquecer que você só me quer...fôlder.
Alexandre Montalvan
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