Nesta vida, já entrei em sentido oposto,
fi-lo voluntário, por gosto!
Agora, já consentido, pela autoridade da idade,
entrar em contramão não faz sentido;
Não pela velhice, nem pela falta de vontade,
mas, que chatice, afinal ainda não é consentido.
Se antes não via a via de sentido proíbido
agora, sem alarid, devo ou não seguir no bom sentido?
Bom sentido? Será como sentar e esperar a sorte
sabendo que assente, só mesmo a morte?
Não faz sentido! Não, não faz!
Mas qual o sentido de fazer sentido?
Ó tempo, volta p'ra trás!
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema