Eram os teus olhos duas azuis borboletas
Eram uma onda volumosa de tênue textura
Onde um náufrago se guiava pelas estrelas
Que podem caber dentro de uma noite escura.
Eram os teus cabelos novelos de negrura
Onde se perdiam os meus olhos radiantes;
Os teus olhos a dois diamantes semelhantes
Transpareciam toda tua graça e formosura.
A tua tez era de uma palidez de causar doçuras
Aos corações mais rígidos, frígidos e salgados
O céu da tua boca recanto de astros destacados
Palco e prisma dos meus pecados e travessuras...
Os dedos pálidos também eram mui rosados
O colo era alvo iguais aos algodões mais finos
Os seio entumescidos e um tanto arredondados
Pareciam do Diabo, no entanto eram divinos.
Os lábios eram grossos e eram, sim, malaios
Eram fartos favos de substâncias melífluas
A língua dolente ,fonte fria de outras delícias
Os pêlos pubianos eram os montes relvados...
Teu sexo era o meu brinquedo preferido
Como me eram tuas torneadas pernas
No V que se forma a deliciosa caverna
Que te elevava a Eva do etéreo Paraíso!
Gyl Ferrys