Este é o fim de tudo,
meu amigo.
O fim,
das aventuras.
O fim,
das descobertas.
Desesperadamente,
perdidos,
num deserto
sem fim,
somos como
cão sem osso.
Consegues ouvir,
o nosso riso,
nas areias escaldantes?
Este é o fim,
meu amigo,
de tudo o que
descobrimos.
A serpente
espera por nós –
e ela é enorme.
Mede 3 quilómetros
e sua pele é fria.
Desesperadamente,
nas mãos de um estranho,
entregamos
nossas vidas.
Este é o fim,
meu amigo,
de tudo o que fomos.
E eu procuro o xamã,
que me mostre
a minha morte.
Este é o fim, meu amigo,
este é o fim,
este é o fim.
Jorge Humberto
25/02/08