À noite esta calada
Na escuridão insone vejo vultos
Serão zumbis do negrume?
Vampiros famintos?
Serei apenas eu?
Eu digo venha... venha noite
Na grande arvore pia a coruja
Barulho assustador de tempos antigos
Retinir de espadas também?
Ouço embates medievais?
O que embala meu pobre cérebro esta noite?
O uivo corta o ar hoje tão frio
Silhueta contra a lua
Homem lobo?
Lobo homem?
Alquimia ou genética estranha?
Quem se importa?
La fora na vastidão alguém caminha
Anda só?
Procura alguém...
Talvez a mim...
Talvez a ti...
Talvez apenas se vá...
Como eu já fui
Na esteira espectral de meus mistérios vejo coisas
Meus fantasmas
Meus ogros
Pobres seres sem ardores
Tanta gente La fora na noite hoje
Tantas coisas
O que se passa comigo esta noite?
O que eu vejo?
O que eu sei?
Como explico?
Turbilhão de enigmas
Profusão de perguntas
Cada estrela é uma duvida
Agarrada em mim só mantenho firme uma certeza...
E muito bom este vinho que bebi.