Quando a chuva cai no mar que serventia isto tem
Se perguntar não ofende me perdoem a indiscrição
Não que eu seja um bobalhão é mera curiosidade
Para o homem da cidade isto nem importância têm.
Eu venho lá da caatinga onde o mato seca sempre
E a gente faz promessas que nem sempre é ouvida
E naquela vida sofrido quando ficamos frente ao mar
Nos pegamos a perguntar porque aqui tem tanta água.
Se eu fosse feito de mágoas seria maior que oceano
Em meio aos desenganos que me assolam sem parar
Insisto sempre em confortar estas minhas desilusões.
Não busco consolações pois tenho destreza de sobra
Sugo o veneno da cobra quando esta me surpreende
Duma mulher ardilosa, peço a Deus que em defenda.
Enviado por Miguel Jacó em 21/02/2019
Código do texto: T6580986
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Miguel Jacó