DOADOR
Quando me apaixono sou doador de mim mesmo.
Dou à amada o que tenho,
o que não tenho,
o que finjo ter.
Sou doador de mim mesmo e de carinhos e mimos.
De poemas batidos
distribuídos em série à amada da vez...
E já foram tantas as vezes...
E de tanto doar perco e me perco...
Mas sempre há um recomeço.
Sou doador de mim mesmo.
(Proteus).