Na penumbra da luz ofusca
Do pequeno candeeiro,
De olhos fechados e à escuta
Do som firme e nada ligeiro.
De uma voz sussurrante,
Em nada hesitante,
Que ordena,
Ensina,
Incentiva…
A ser mais e melhor.
Mas jamais perfeita…
A voz que desperta
Os sentidos…
A vontade
De uma entrega certa
Sem o controlo da realidade...
A voz que desperta
O que estava adormecido
O sussurro que põe em alerta
Um corpo entorpecido...
Um corpo desconhecido…
Um corpo que lhe pertence...
É dele.
Para seu deleite e prazer…
Ali.
Ao seu dispor.
Quieto.
Sem se mexer.
Expectante...
À espera…
Sem saber
O que virá das mãos mestras
De quem sabe,
De quem ensina,
De quem comanda…
Ao seu mestre
Se entrega a submissa…