Nasce o sol após noite dura.
Raia o dia em raias sanguíneas.
Pingos d´água uma pedra fura.
Após uma noite longa e escura
Corpos em posições retilíneas
Deixam na cama uma assinatura.
Manchadas, das fronhas, a alvura.
O corpo cheio de formas curvilíneas
Quando a luz entra pela fechadura.
O amor eterno um homem jura
Para a mulher de meninas ígneas
Que esbanja graça e formosura.
Assim é o amanhecer de quem ama,
De quem semeia a árvore que dura.
Que seja eterno, posto que é chama.
Gyl Ferrys