A semente insiste em crescer
Entre nuvens cinzas de água
Adormecidas pelo trovão
O Homem insiste em morrer
Triste, rodeado de doce mágoa
Na sua vida, pela sua mão
A luz cegante relampeja no céu
Esfaqueia o olhar por entre o vento
E esquece efémera o velho brilho
Do distante horizonte que iça o véu
E açambarca as glórias do momento
De tantas mães que amaram um filho
As pedras apedrejam outras pedras
E numa guerra surda muda sem fim
Caem dóceis no chão ensanguentado
Suas histórias escritas em quadras
Lembram que nada era tanto assim
Que tudo eram loucuras do passado
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma