Voa o corvo em dor de descontentamento,
Num suplício, num lamento…
Corveja…!
Grasna de negro o luto tom de voz,
Bate as asas que em golpes já mergulham!
Arrasta a noite e nela se enrola…,
Sem esperança,… embrulha a alma,
Numa lua sangue que sangra o dia!
Voa o corvo neste desconforto
Em sombras cor de fogo e metálico chumbo.
Trevas…
Obscuridades…
Finais de mundo…!
Jaz no ar em mortalha negra e quase morto
Capa preta em funéreo vestido
Do gruir sem força mortal gemido
No planar sem ânimo alonga já estendido!
F.Serra