Tens na tez o tema do poema.
Na tua voz tens a clássica canção.
Na boca o desenho de um coração.
No olhar tens o simbolo e o emblema...
Teus seios são fartos e provocantes.
As curvas da cintura imitam violão.
Os braços parecem dois rios gigantes:
Desaguam nos dedos-deltas das mãos.
Pernas parecidas a dois gregos pilares.
Na virilha tens uma rasteira vegetação.
O conjunto todo parecem os pomares
E, confesso-te, que pomares eles são.
Tudo isso tens de sobra e no superficial.
De resto fica uma enorme interrogação:
Se temos dentro de nós o Bem e o Mal,
Diga-me: O que tens dentro do teu coração?
Gyl Ferrys