O LAMENTO DAS ÁRVORES
Temos um horizonte tisnado
Os arquitetos de sempre o fazem finado
É desimportante o que trazem os recados
Pouco importa que a vida se torne um chiado
Não querem ouvir o lamento das árvores que falam sobre o deserto
O sussurro dos riachos que derramam seu pranto num leito fatídico
Dos animais que desfazem ao sol, seus corpos num ritual macabro
Que alguns homens parecem apreciar a beira do abismo
Ficam lembranças naquela terra, agora sem dono,
As brincadeiras das crianças e seu alarido
O miado do gato solitário,
O doce latido do cão a pedir carinho,
O canto do galo apaixonado.
Destruir o mundo dos outros especialidade que me dá engulho
Mas, que a outros não faz perder o sono.