Poemas : 

9º Solilóquio (Labirintos)

 
Verde te sentes quando me lês
Nesse ar insensível de vergonha
Derretido em lágrimas ignorantes
Recorda quando o mundo nos fez
Quando alguém perdido se sonha
Neste sonho único dos viajantes

Desfolha livre a tua negra alma
Em alvas inúteis folhas de papel
Amassadas na nudez do passado
Que te emudece pela voz calma
O olhar de petiz com sabor a mel
Outrora roubado, outrora amado

Silencia assim o troar do canhão
A chuva louca que cai insistente
No chão incerto onde descansas
Aperta destemida a minha mão
Que se cerra em si indulgente
Entre leves passos, outras danças


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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