Verde te sentes quando me lês
Nesse ar insensível de vergonha
Derretido em lágrimas ignorantes
Recorda quando o mundo nos fez
Quando alguém perdido se sonha
Neste sonho único dos viajantes
Desfolha livre a tua negra alma
Em alvas inúteis folhas de papel
Amassadas na nudez do passado
Que te emudece pela voz calma
O olhar de petiz com sabor a mel
Outrora roubado, outrora amado
Silencia assim o troar do canhão
A chuva louca que cai insistente
No chão incerto onde descansas
Aperta destemida a minha mão
Que se cerra em si indulgente
Entre leves passos, outras danças
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma