Tu, Homem que lês sem ler
Esfomeado de coisas poucas
Soltas a voz em gargarejos
Ao sentires no peito o poder
Dessas idiotices tão loucas
Que tu salivas qual bocejos
Incapaz de ser quem deves ser
Ser fútil, rastejante sem amanhã
Aprende! Faz-te palavra sentida
Sente o teu sangue a correr
Nas entranhas dessa letra vilã
Que reinventa a tua outra vida
Tu, Homem que vês sem saber
Ignora-te por um momento
Abre os olhos, solta a mente
Deixa a verborreia escorrer
Deixa-a dançar com o vento
Sente a semente e mente
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma