Não é objeto, não é para ser usado
Dois corpos, entrelaçados, buscarão unir
Dois caminhos, destinos, amores, incertezas
Dentro do propósito da criação
Não é atuação, não é a repetição
Olhar no olho não é mera formalidade
É para conhecer e sentir, a todo o momento descobrir
Quem esta diante de você e para onde quer ir
É como a pureza da poesia,
Não é sobre violência ou dor, é sobre o calor
Sim, ela deve ser como uma flor, a sua flor
Não existe um padrão, cada existência é única
E é impossivel conhecer a muitos corpos sem estabelecer padrões
Ser genérico destrói o ser único, destruindo assim o ser especial
Não é sobre o prazer, é sobre criar laços
E, desses laços, conhecer o prazer
De ser amado e querido, não permanecer no vazio
É para o próposito, não para o egocentrismo
Não escute a voz bestial, não deixe o sangue te dominar
Você é humano e pode escolher amar
Por mais que insistam em deturpar
Capitalizando a intimidade, tirando sua beleza e significado
Criando viciados em cenas e ilusões
Não conseguirão suprimir a essência da realidade
E que o viciado se liberte dessas algemas, e o racional abandone o animal
A liberdade o espera, porque amar é a renúncia a escravidão carnal