Quero
que o meu livro
seja obra de copista,
vício de escrivão.
Ou, então,
escultura renascentista,
pintura do barroco,
pirueta da minha menina,
desenho do meu rapaz...
Quero
que
seja também eu,
um pouco.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.