O Poema que Virou Pó
Poema que na beira da estrada
pede carona para qualquer lugar
aonde quer vá, não vai dar em nada
porque este poema não sabe falar
Enquanto o dedo apontado espera
e a primavera passa lenta
o poema se espanta e se apimenta
na tonalidade das gérberas amarelas
E na doce magia azul
de um céu que se incendeia na paixão
é o brilho da noite de lua
olho que flutua no céu
e no coração
a brisa suave que vem da rua
e o poema se enche de emoção
E assim o poema que nada pode dizer
no esplendor da utopia
de mesmo sem falar... viver para ver,
mas quando chegar o dia
logo após o outono
e ter fechar o paletó
o inverno estar às bordas do seu sono
e restará do poema apenas o pó.
Alexandre Montalvan
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